Neurodivergentes & crises
Pensando na Inclusão de todas as pessoas nós da equipe "Conexões", trouxemos esse topíco para mostrar as pessoas que nao são apenas elas que sofrem com isso e sim todas as pessoas no geral.
Sobrecarga sensorial
Antes de falarmos sobre o meltdown e shutdown, precisamos entender o que é a sobrecarga sensorial no autismo. Aqui estamos nos referindo às dificuldades, bastante comuns em pessoas com TEA, de lidar com excesso de informações e estímulos. É por isso que temos muitos relatos de crises em momentos como queima de fogos de artifício ou com luzes muito fortes e intensas, por exemplo.
Em alguns casos de alto nível de ansiedade ou estresse, essas dificuldades podem ser tão intensas que o indivíduo se machuca para estar totalmente consciente do próprio corpo.

Meltdown e Shutdown
Um Meltdown ou colapso, como também é conhecido, é uma crise mais explosiva com perda de controle emocional. Nesses momentos é muito comum que a pessoa autista tenha comportamentos extremos como repetitivos e agressivos.
Durante um meltdown existe uma sobrecarga sensorial muito intensa, seguida de uma frustração e sintomas que podem ser:
Gritos,Choros,Enjoos,Tremores,Mal-estar,Automutilação.
Já um shutdown ou desligamento, é uma crise considerada mais “interna” que envolve a retirada ou dissociação da pessoa, ficando em isolamento, congelada ou paralisada. O termo vem do inglês e traduzido é “desligamento do sistema”.
Durante essa crise geralmente existe uma desconexão total ou parcial do momento, sem nenhum tipo de comunicação com o que está acontecendo. A respiração pode ficar mais lenta e o olhar mais “vazio”. Também é comum que alguém em shutdown queira ficar deitado no chão ou totalmente imóvel.
Ao contrário do meltdown, aqui as emoções ficam internalizadas, por isso, tendem a ser crises mais “discretas” podendo passar despercebidas por quem não sabe o que está acontecendo.
SHUTDOWN
Já o shutdown ou desligamento, é uma crise considerada mais “interna” que envolve a retirada ou dissociação da pessoa, ficando em isolamento, congelada ou paralisada. O termo vem do inglês e traduzido é “desligamento do sistema”.
Durante essa crise geralmente existe uma desconexão total ou parcial do momento, sem nenhum tipo de comunicação com o que está acontecendo. A respiração pode ficar mais lenta e o olhar mais “vazio”. Também é comum que alguém em shutdown queira ficar deitado no chão ou totalmente imóvel.
Ao contrário do meltdown, aqui as emoções ficam internalizadas, por isso, tendem a ser crises mais “discretas” podendo passar despercebidas por quem não sabe o que está acontecendo.
Meltdown e Shutdown podem acontecer juntos?
Muitas vezes os colapsos podem se transformar em desligamentos, mas isso não significa que o meltdown e shutdown vão acontecer juntos em todas as vezes que existir uma crise. Vale lembrar que cada pessoa é única e terá reações diferentes aos estímulos e sobrecargas sensoriais.
Ambos podem acontecer em qualquer momento que tenha um acúmulo de estímulos e sobrecarga sensorial, por isso é importante analisar e entender o que desencadeou determinada ação.
Também é importante ressaltar que a retirada de uma pessoa autista de um espaço onde ela está em meltdown ou shutdown não é um sinal de que os níveis de ansiedade ou estresse foram reduzidos totalmente, mas sim um passo necessário para que ela consiga voltar a si e se recuperar da situação.
Como ajudar pessoas autistas em Meltdown e Shutdown?
Conhecer a criança autista e comunicar sempre com a equipe que acompanha o seu desenvolvimento é uma das melhores maneiras de ajudar autistas em meltdown e shutdown.
Ficar alerta com os sinais mais comuns que envolvem ansiedade e crises, observando o que pode ou não mostrar um desconforto, é parte importante para garantir que as estratégias usadas sejam eficientes e de acordo com a necessidade de cada pessoa.
Além disso, o suporte e respeito vão ajudar nesses momentos. Procure manter a calma e não fazer perguntas demais, já que isso pode prejudicar ainda mais a sobrecarga de estímulos.
O ideal é ter passos claros e regulares que expliquem para a pessoa o que ela precisa fazer, guiando-a com firmeza para a regulação emocional. Uma dica é aproveitar o espaço para conversar sobre as coisas que ela gosta que estão ali, distraindo-a com reforçadores positivos e reconectando-a com a realidade.
Algo que pode funcionar e ajuda na previsibilidade é conversar previamente com a pessoa autista sobre coisas que ela gostaria que fossem feitas naquele momento e que podem dar suporte para uma possível crise. Assim é até possível criar uma rotina ou pista narrativa que auxilie todos os envolvidos.